PARTILHO ESTAS DUAS PEÇAS DA MINHA COLEÇÃO COM A PARTICULARIDADE DE ME RECORDAR COM 4 ANOS DE IDADE QUANDO ENTRAVA NA CASA DA MINHA TIA GRACINDA NA AV. 24 DE JULHO, OUVIR UM RUÍDO ATRÁS DA PORTA. TRATAVA-SE DO CONTADOR DE ÁGUA, QUE MUITOS ANOS MAIS TARDE VIM A DESCOBRIR NUMA GARAGEM DE UM AMIGO. HOUVE NECESSIDADE DE RESTAURO, INCLUSIVÉ FAZER A TAMPA. TRATA-SE DO 1º MODELO DE CONTADOR DE ÁGUA INSTALADO NAS HABITAÇÕES DE LISBOA. ESTE CONTADOR É CONHECIDO PELO "BASTOS" OU "PANCADA" DEVIDO AO RUÍDO QUE PRODUZIA QUANDO SE ABRIA A TORNEIRA ERA FEITA A CONTAGEM DA ÁGUA FORNECIDA, BALANÇANDO O DISPOSITIVO EXISTENTE NO SEU INTERIOR. A ÁGUA ERA RECOLHIDA EM BALDES, CAFETEIRAS, JARROS OU OUTROS RECIPIENTES E LEVADA PARA O LOCAL DA CASA ONDE ERA NECESSÁRIA. NESTA ÉPOCA, NAS COZINHAS, AO LADO DAS CHAMINÉS ONDE SE COLOCAVA O FOGÃO A LENHA OU O FOGAREIRO DE TORCIDAS OU DE PRESSÃO COM CABEÇAS BARULHENTAS OU SILENCIOSAS TODOS USANDO COMO COMBUSTÍVEL O PETRÓLEO, EXISTIA UMA PEDRA, DESIGNADA POR "POIAL" ONDE ERA COLOCADO O POTE DA ÁGUA, QUE SE PODE VER NA FOTO. A MAIORIA DAS CASAS POSSUIAM UM POTE, MESMO ANTERIORMENTE À EXISTENCIA DO CONTADOR "PANCADA". BASTAVA TER UMA EMPREGADA, UM ESCRAVO, OU CHAMAR DA JANELA UM AGUADEIRO, NORMALMENTE GALEGO, E PEDIR PARA LHE TRAZER UMA BARRICA DE ÁGUA QUE ERA RECOLHIDA NOS INÚMEROS CHAFARIZES DA REDE DO AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES E VERTIDA PARA DENTRO DO POTE.
É ÓBVIO QUE HAVIA NECESSIDADE DE MODERAR O CONSUMO DE ÁGUA NESTA VELHA CIDADE DE LISBOA HÁ APENAS 60 ANOS.
Sem comentários:
Enviar um comentário